8 de fevereiro de 2015

Amsterdã Blues por Arnon Grunberg: Meu Apanhador no Campo de Centeio moderno

Eu não sei quem aqui gosta de ler, mas quem em acompanha sabe que sou bookaholic num level hard. Por isso, andando pela Faria Lima aqui em São Paulo, descobri uma feirinha de livros incrível, em que todos os livros estavam a preço de banana. Minha reação foi como a da minha mãe quando entra em um supermercado em promoção. Garimpando aqui e ali eu encontrei uma obra prima de Arnon Grunberg, chamado Amsterdã Blues.

Um dos meus livros preferidos é O Apanhador no Campo de Centeio, e quando comecei a ler Amsterdã Blues tudo me remetia a ele. A narrativa, o personagem, os diálogos, tudo. São histórias completamente diferentes, mas contadas da mesma maneira e por garotos que sofrem dos mesmos problemas e confusões e que vêem o mundo de uma maneira peculiar.

Arnon Grunberg é holandês e escreveu não só romances, como roteiros e peças de teatro (para aumentar o meu amor). Ganhou vários prêmios em seu país, começando a escrever em 1994 (enquanto eu tinha quatro anos e achava que a vida estava difícil porque a minha Barbie ginasta quebrou uma das pernas).




Amsterdã Blues marcou a carreira de Arnon (que me remete, sem querer, mas toda hora, a microondas, sabe-se lá porquê) e foi lançado quando ele ainda tinha 22 anos (e eu aqui tentando finalizar uma peça de teatro com bloqueio criativo. A história é uma mistura de situações trágicas tratas com humor e muito sarcasmo, do jeitinho que eu gosto. O protagonista Arnon Grunberg é um jovem de origem judaica que passa seus dias em bares, gasta suas economias com prostitutas e tem de lidar com seu primeiro amor e, ao mesmo tempo, com o pai doente que, preso a uma cadeira de rodas, insulta a enfermeira.

Espero que isso os tenha convencido a ir atrás do título, e se não, paciência. Gosto é gosto. Mas, fico feliz que pelo menos tenha lido até o final. (hehehe)

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