30 de dezembro de 2014

Mesa Para Duas, mas sobremesa para três!

Hoje venho aqui para contar uma novidade, não sei quem aqui conhece o site Mesa Para Duas, feito pelo meu casal preferido Tay Galega e Mica. E eu agora sou colaboradora colunista do site e esporadicamente vou postar umas coisas por lá, gostaria muito que vocês acompanhassem e comentassem, seja por lá, por aqui ou por email. Estou bem empolgada com a oportunidade.



Meu primeiro post foi feito, e meu segundo estará online em breve. Espero que gostem e acompanhem não só a mim como ao casal que tem muitas coisas interessantes para contar!

Para quem não conhece a Tay, ela é cantora e aqui esta um pouquinho a magia que ela faz:




E sobre o casal você pode conhecer mais por aqui:



16 de dezembro de 2014

"Vou escrever uma história de fantasmas agora" - Resenha "A Menina Submersa" de Caitlín Kiernan

E depois de uma longa noite de insônia, terminei de ler A Menina Submersa de Caitlín R. Kiernan, e só posso dizer que saudade ficou daquela que me fazia sentir mais normal. Imp, me ensinou muitas coisas, e acho que para cada um que tem a oportunidade de entrar na cabeça dela por esse livro, aprende diversas coisas diferentes e se identifica com milhares delas. Mas, a minha sensação principal foi de cumplicidade e segurança. Finalmente, alguém que traga de maneira tão sutil (e até às vezes bagunçada) a linha tênue entre a lucidez e insanidade, ou como Imp gostaria que fosse dito: loucura, mesmo.



Confesso que fui atrás do livro por curiosidade em novos autores do gênero que tanto me agrada, por lealdade à editora DarkSideBooks que nunca me decepciona e pela singela indicação de Neil Gaiman (quem poderia ignorar algo desse tipo?). Por fim, me deparei com muito mais do que esperavam as minhas expectativas, e essa obra-prima vencedora do prêmio Bram Stoker (pois é!), me ganhou por inteira e por completo.

[Crédito: Divulgação. www.kylecassidy.com e www.caitlinkiernan.com]


A primeira coisa que se lê ao abrir o livro é "Este livro é o que é, o que significa que ele pode não ser o livro que você espera que seja". Não quero estragar nenhuma surpresa, ou entregar nenhum spoiler de mão beijada, mas cada linha me trouxe um pensamento sobre mim, sobre a vida, sobre os outros e sobre o fato de que "Existe muita coisa entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia". Esse livro me fez pensar, e muito. E me arrepender de tê-lo lido com tanta rapidez.
Essa pode ser uma resenha simples e breve sobre o que experienciei, mas é tudo o que eu posso revelar sem estragar as sensações daqueles que vão levar a minha opinião em consideração e dar uma chance a Caitlín.

                                           [Crédito: Divulgação. www.kylecassidy.com e www.caitlinkiernan.com]

Caitlín R. Kiernan é autora de livros de ficção científica, fantasia dark e paleontóloga. Trabalhou com Neil Gaiman (!!!!!) (sim, de novo) e ganhou muitos prêmios com colaborações, contos e obras de autoria própria. Foi uma grande descoberta para mim, e espero que seja uma grande descoberta para vocês. 

Aqui você pode saber mais sobre o trabalho da autora. E para os que compartilham do mesmo gosto que eu, deleitem-se. E fiquem com o Book Trailer do livro:


      


Até a próxima.


25 de julho de 2014

Perder peso é chato, mas é legal.

Bendito seja o jeans que entra sem que tenhamos que deitar na cama e pedir ajuda para empurrar.

Como eu sei que muita gente está me perguntando sobre a dieta que estou fazendo, prometi um post explicando as pequenas loucuras que estou me submetendo para perder uns quilinhos. Já vou logo avisando que não é nada absurdo ou não-saudável, muito pelo contrário. O único problema é que dá um pouco de MUITA fome até o seu organismo acostumar. Já perdi 2 quilos e meio em uma semana, fazendo um "slim down", que seria uma forma de ataque, uma forma de radicalizar no início para perder mais rápido e depois aos poucos ir normalizando. Parece com qualquer outra dieta que vemos por ai? Pode ser que sim, mas cada um faz como se sente bem e usa a que melhor se aplica ao estilo de vida e tipo de corpo.

A dieta que eu faço se chama SBS, e foi criada pela minha querida Bethany Evans, uma musicista inglesa que um dia resolveu parar de se sentir desconfortável consigo mesma, e fazer algo a respeito. Bethany perdeu em média 30 quilos (sim, T R I N T A) em um ano e essa mudança a tornou mais confiante e principalmente, mais saudável. Sim, temos que nos amar da maneira que somos, mas se não nos sentimos bem com algumas coisinhas, por que não mudá-las? Se elas estão afetando a sua saúde ou a sua auto-estima, não há problema algum em fazer algo a respeito. Mas sempre por nós mesmos e nunca pelos outros, porque os outros... eles só querem colocar o nariz onde não são chamados. Eu, assim como a Beth, concordamos que sempre devemos trabalhar em sermos a melhor versão de nós mesmos. 

Bom, vamos ao que interessa. Eu devo dizer que tudo o que ela fez e o que estou fazendo no momento, é por nossa conta e risco. Antes de qualquer coisa você deve consultar seu médico e entender melhor sobre como o seu organismo funciona antes de submete-lo à grandes mudanças. Para quem quer ver os números na balança caindo, porque precisa entrar naquele vestido ou tem uma festa na piscina com os amigos na qual quer tirar a blusa e não mostrar seus "man boobs", esse Slim Down realmente ajuda. Eu poderia direcionar vocês ao blog dela para maiores detalhes, mas ele está em inglês, então vou deixar o link no final no post para aqueles que quiserem saber mais e apenas focar no Slim Down (que dura duas semanas ou quantas você conseguir aguentar), e se vocês realmente gostarem traduzo o artigo e a dieta completa.

Para começo de conversa, não existe dieta sem exercício e não existe exercício sem uma alimentação balanceada. Uma coisa compensa a outra. Eu não sou nutricionista, personal trainer ou o que quer que seja, eu estou apenas RELATANDO o que ando fazendo nessas últimas semanas. Perdi meus quilos em cinco dias, e estou bem contente com isso (agora consigo entrar naquela porcaria de jeans e vejo muita diferença no meu rosto e outras partes do corpo). Dietas são um porre, querer comer aquele bolo de chocolate ou uma panela de brigadeiro e não poder é uma das maiores crueldades do mundo, eu sei. Mas, no final, a dor compensa e você vai sim poder recolocar o bolo e o brigadeiro na sua vida de novo. 

  • Carboidratos são quase inexistentes. Isso não significa que você não possa come-los, mas que quanto menor a porção, melhor o resultado.

  • Açúcar? De jeito nenhum, e há várias maneiras de substitui-lo. 

  • Leite? Bom, muitos estudos dizem que o corpo humano depois de uma certa idade tem mais dificuldade em digerir o leite, por isso nos deixam um pouco inchados (e em alguns casos te fazem ter uma noite de realeza sentada ao trono). E estou falando do leite puro, e não de produtos feitos com um pouco de leite.

  • Abuse dos vegetais e legumes, tenha sempre um fruta para os momentos entre as principais refeições e coma em menor quantidade. E prefira as carnes brancas às vermelhas, principalmente os peixes.

  • Faça exercícios regularmente e tente queimar pelo menos 60% do que ingeriu durante o dia. Escolha algo que te dê prazer (eu odeio academia), então vou nadar, correr no parque, fazer algum esporte, andar de bicicleta, as opções são infinitas, ok?

  • Álcool: não, não, não, não. Pelo menos até voce chegar ao peso que deseja, e então tomar uns drinks de vez em quando. (E to aqui confessando que essa é a parte mais difícil, como abrir mão de uma cervejinha gelada ou uma taça de vinho? Mas, calma, elas virão com o tempo)


Segredinho: eu como pouco, eu não estou chegando perto de doces, tirei o carboidrato completamente. As vezes, Tomo um iogurte no café da manhã, como um ovo cozido e uma maçã no almoço, e peixe com salada a noite. Mas, isso é porque sou louca e retardada. A Dieta da Bethany não consiste em te trazer uma anemia. 

Enfim, de qualquer forma, vá até a fonte, e entenda melhor como as coisas funcionam AQUI e tente. E claro, veja as fotos e as mudanças que ela posta. Se tiver um tempinho a mais também confira o talento incrível que ela tem em seu CANAL no youtube (que em um outro post falarei melhor sobre)






Beth um ano atrás e Beth comigo no Rio de Janeiro um mês atrás. (sim, tipo, WHAT?)



       

Eu cinco dias atrás achando que estava abafando com essa blusa da Beyoncé e esse ventilador natural, e depois hoje cedo (eu não vejo mudança ainda, porque é difícil quando é com a gente, mas acredito.)



E agora, eu de ladinho. (E não me venham com AI FOTO DE ESPELHO DE BANHEIRO, é só um fucking antes e depois.)


Qualquer dúvida, é só perguntar. Qualquer coisa é só me mandar um email (contatoaffel@gmail.com) ou deixar uma mensagem na minha página no Facebook AQUI. Combinado? Então até a próxima!

26 de maio de 2014

Quase um espirro. Desses que pressionam a cabeça e machucam o nariz...

Cazuza quer um amor inventado, Clarice quer uma verdade inventada. Eu as vezes misturo as duas coisas, num mundo inteiramente meu, e  me pego pensando em quão doce se torna o amargo quando criamos um jogo interno onde movemos as peças conforme nossa própria vontade. Quando brincamos de sermos nosso próprio deus.
Ninguém tem acesso às suas loucuras pessoais, contos de fadas (ou bruxas) roteirizados sem nenhuma lógica ou bom senso dentro das nossas próprias cabeças. A chave é minha e eu decido se quero trazer tudo ao plano real, ou não.
Há vezes em que a ficção se torna tão fantástica que coloca-la em prática seria chocar meu mundo. Talvez, nem eu mesma esteja preparada pra tanto.  E se eu não estou, que dirá vocês. 
Dispenso as opiniões racionais de cabeças alheias que tentam me mostrar o quão irreal é viver em tanta confusão. Para isso tenho meu próprio cérebro, que mesmo sem eu pedir me lembra todos os dias de cada consequência e futuro erro. 
Eu faço de mim o que bem entendo, e que mal há em querer sair do normal? Quebrar regras universais, pisar em concepções sociais? Não vou te prejudicar.

Me sentir diferente e deslocada deve fazer parte de quem nasce meio esquisito. Meio tudo, meio nada. Meio homem, meio mulher. Meio adulto, meio criança. Meio inteiro, meio em pedaços. Meio qualquer coisa.

24 de janeiro de 2014

Destinatário fora de área.

27 de Setembro, 2008.




"Hoje parei para pensar a que ponto cheguei. Estou aqui, escrevendo sobre os meus
sentimentos por alguém que nem ao menos vai ter a oportunidade de ler.
Faz um ano desde a primeira vez em que te vi. Desde a primeira vez em que os nossos
olhos se encontraram. E eles sabiam que um dia teríamos algo especial. Nós não, mas
eles sabiam.
Nosso contato foi normal como qualquer outro. Com o tempo, a nossa confiança aumentou
e muitos diziam que tinhamos uma amizade admirável. E realmente tínhamos.
Dentro de mim, as coisas aconteceram muito rápido. De uma hora para outra, comecei a
tentar esconder o que você me fazia sentir. Cada toque, cada palavra, cada passo seu tinha
o poder de me fazer tremer. Mas, não conseguia aceitar. Seria tão difícil.
Eu estava me culpando tanto que não percebi os teus sinais. Até que em uma sexta-feira
à noite, quando sempre alugávamos um filme para assistir, senti a tua mão na minha.
Pronto, perdi a respiração. Estaria você brincando com os meus sentimentos?
Eu realmente achava que você havia percebido e estava fazendo aquilo só para ver como
seria a minha reação.
Você chegou mais perto e deitou a cabeça no meu ombro. Pude sentir aquele perfume que
tanto amava, um cheiro de morango tentador.
Eu estava intacta. Sem a mínima reação. E você deve ter percebido, porque inclinou a cabeça
e me olhou. Eu manti meus olhos fixos no filme, tinha medo do que iria me dizer.
Mas, você não disse nada. Apenas fechou os olhos e respirou fundo, como se quisesse
relaxar. E ficamos ali, daquele jeito, por vários minutos.
Acho que fez isso para me tranquilizar. Meu coração batia a mil por hora, mas eu estava
calma e feliz.
Quando eu achava que nada mais poderia acontecer, você mudou de posição para se sentar
e ficar na minha altura. Olhou para mim, deu um sorriso tímido, colocou as mãos no meu
rosto e me beijou.
Eu vou pular esta parte, porque palavras não são suficientes para descrever o que senti
naquele momento. Muito menos, quando segurou em minhas mãos e disse "eu te amo" com os
olhos marejados.
A partir daquele momento eu tinha certeza de que seria a pessoa mais feliz do mundo ao
teu lado. Nós apenas não sabíamos que seria tão difícil.
O que mais me machucava eram os olhares das pessoas para nós. Como alguém poderia condenar
um amor tão puro? Até hoje, não entendo porquê nos achavam tão diferentes.
Guardo comigo os melhores momentos da minha vida. Sinto orgulho deles. Sinto orgulho de
você. Da sua força. Da força que te fez aguentar esses últimos meses ao meu lado. Da força
que ficou para me consolar quando você já não estava mais aqui.
Você se foi e me deixou. Não porque quis assim, mas porque precisou. Deixou também uma dor
tremenda, mas ela não é maior que o carinho que eu sinto quando me lembro do teu sorriso.
Espero conseguir enfrentar esse mundo sem o teu apoio. Eu sei que consigo. Eu te devo isso.
Eu te devo tudo.
Tenho saudade da sua mão no meu rosto, do teu cheiro na minha roupa, do dom que só você
recebeu de me fazer feliz.
Lembre-se de mim, esteja aonde estiver. Porque a minha cabeça nunca vai pensar em nada mais
intenso que você e as minhas flores vão sempre decorar o lugar em que te deixei.

Minha linda, a nossa história começou com um "eu te amo" e eu não vou dizer outro para
acabar, mas para continuar.

Eu te amo, para sempre!"



Sophia.

22 de janeiro de 2014

Samantha não é "uma mulher dessas..." e gosta de morder.

Não sei vocês, mas sempre fico um pouco deprimida quando alguém diz "uma mulher dessa, é comprometida, com certeza". Eu não sou comprometida e estou longe de estar perto de ter qualquer coisa que se possa chamar de relacionamento, então eu não sou "uma mulher dessa"? 
O que é "uma mulher dessa"? É ser bonita, sensual, inteligente, simpática, educada, ter um corpo bonito, ou a junção de tudo isso? Acho que não sou boa o bastante pra ser digna de alguém legal do meu lado. Porque eu continuo sozinha na estrada.
As vezes me pergunto o porquê de estar sempre sozinha. Não vou dizer que nunca tive nenhum tipo de relacionamento, mas tirando os rolos passageiros, meus relacionamentos foram dos mais estranhos aos mais malucos possíveis e não consigo considerar nenhum deles como um namoro de verdade. 
Qual o problema comigo? Cuido bem de mim, ou pelo menos tento cuidar enquanto brigo diariamente com o espelho. Procuro ser simpática, educada e legal com as pessoas. Modéstia à parte sou até que inteligente, leio muito, tenho bom gosto pra música. Mas, o que eu mais preciso, me falta... confiança.
Taí, escrever sobre as próprias confusões fazem você mesma descobrir suas respostas. O difícil é saber a justificativa da resposta descoberta. Falta de confiança, insegurança, baixa auto-estima, medo... de quê? Por quê? 

Cansei de viver amores platônicos, de sonhar com histórias encantadas, de desejar aquilo que não é meu, de me apaixonar por quem nunca olharia pra mim. Aí está o ponto, eu sempre acho que ninguém nunca vai me notar. Sou idealista sim e acho que esse é meu mal. Vejo tudo com os olhos de uma adolescente doida e inconseqüente, que ainda não se tocou que está com 20 anos nas costas e passou da hora de virar mulher e encarar a realidade como ela é. Me pego em momentos de tamanha intensidade dramática que as vezes acho que sou uma personagem de mim mesma, diariamente treinando meu papel. E minhas várias personas me tornam um tanto quanto bipolar. Mas me sinto ao mesmo tempo em pânico, confusa, perdida e afobada. Quero tudo e não tenho nada. Ou quando quero uma coisa só, ela sempre é algo que eu provavelmente não estou ao alcance de ter. É como se eu vivesse em constante desafio. Talvez eu até goste deles, goste de não poder, de que exista uma proibição. Será que é esse meu problema? Será que tudo que vier fácil ou que mesmo depois de muita luta, eu não vou querer mais? O ser humano é assim, está sempre querendo e nunca totalmente satisfeito. E querendo o quê? Pessoas? Realizar sonhos? Coisas materiais? Que seja. 

Mas minha maior obsessão são pessoas. Gosto delas, e às vezes as odeio. Outras ficam no meio termo, mas não gosto de meio-termo, não tem gosto nem personalidade. E gosto é uma coisa importante, gosto de gostar do gosto das pessoas. Entenda como quiser. E só gosto do gosto quando gosto do cheiro. Esse sim, é meu sentido preferido. Ele pode te levar a qualquer lugar, é só fechar os olhos e deixar os sentidos agirem por si só. Eles provocam lembranças, vontades, sorrisos, choros e desejo. Gosto quando o cheiro me provoca desejo, me dá vontade de morder. E gosto de morder. Cada pessoa, cada coisa, cada lugar tem um cheiro diferente. Uma comida pode ser feita duas vezes no mesmo dia, mas alguma coisa no cheiro será diferente. Livros tem cheiros, cada um diferente do outro. Livros, minha segunda obsessão, depois das pessoas, mas talvez eu até trate eles com muito mais carinho e devoção.